quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Papo louco, vou avisando


A imagem é "Motherhood-bluemom" de Chidi Okoye


Tomei uma overdose de café, acredita? Era pra ser naquele dia, ficou para o outro. Por esses tempos, mais um pouco pra frente, fará 20 anos que "perdi" a virgindade. Escrevo pra agradecer e também lembrar essa coisa tão gostosa que é a vida. Tive a melhor das experiências com uma mulher que eu amava.

Também escrevo por causa das oficinas. Esse assunto mexe comigo. Nesse último sábado fiquei um tempo conversando com uma menina chamada Adriane. Ela me pediu um trocado, criança no colo e alguns dentes a menos. O menininho se chama Lucas Daniel. Bonita, 20 anos, disse ter engravidado logo nas primeiras relações. O pai depois de um tempo sumiu. O guri tem uns três anos. Cuidei pra não cair em nenhum sermão moralista, escutei bastante, a gente tem que praticar sempre, né

Sexo, poder, dinheiro, patrimônio, patrão, pai. Nós homens somos tão frágeis perante as mulheres. Por que será que isso não se reflete na sociedade, essa terra de filhos sem pais e mães solteiras?

Na semana que vem pretendo postar o primeiro relato das oficinas na Vila Sta. Terezinha. Quero continuar tentando entender. Vai ser num novo link chamado relatos, se me derem a honra.

Sobre o café, se quiserem eu passo a receita, mas não recomendo

7 comentários:

alleite disse...

Papos loucos rápidos e certeiros: tô começando a gostar muito desse blog!!

alleite disse...

... a imagem da catronca foi bloguiada??

Marcelo Cougo disse...

virou fumaaaaaaaça!!

AdriB. disse...

Oi, PT!

Finalmente vim ler o post.
Eu nem lembrava de nada disso. Memória fraca...muita sequela.

gostei disso!

bjsssss

Paulo MA.CA.CO disse...

Bom, meu brother, já pensastes que o homem "macho" na sua incapacidade de , no mínimo, se aproximar da magnitude como SER da mulher - sua evolução - na maioria das vezes opta por abandona-la a sua própria sorte ou agredi-la, física ou emocionalmente?
Quantas vezes já me vi agindo como um idiota que, ao invés de contemplar e aprender com este ser sublime, cai na mesmice animalesca e incopetente de usar a minha "força" para fazer com que meus argumentos - ou sem argumentos - sejam vitoriosos?

Abraço

Pablito

Marcelo Cougo disse...

Ah, Gafanhoto, sábias palavras! mas e a cultura que perpetuamos de modo a que fique quase tudo do jeito que está e que foi?

..o que será que está somente tão irrefletidamente se repetindo, como se fosse por decreto divino e o que será que está sendo tramado para que poucos usufruam os benefícios???????????

Paulo MA.CA.CO disse...

Pois é, gafanhotinho, o processo é lento e, por vezes, doloroso. Mas creio no trabalho das formigas e o reles fato de assumirmos estes anseios para o mundo já é um passo para que a cultura pare de se perpetuar neste ciclo do "não-sai-do-lugar". Ao questionarmos as nossas fraquezas já estamos, inexoravelmente, tentando acabar com elas, e o tentar é o primeiro passo para o conseguir. Ao menos na minha primeira pessoa tem funcionado. Afinal do que seria o tecido se não fossem as células...