quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A idade do tempo


Conheci o Rodolfo quando ele veio pra Porto trabalhar no cd da Danni Calixto, músico e produtor. O cara é de uma simpatia e alegria contagiantes, gente boa, sabe? Naquela época eu tinha composto uma música pra Danni e comecei a atucanar o cara pra ele pegar letra minha e tal. Bem, depois de algumas tentativas em que eu mais queria mostrar erudição do que compreender o que era sua música finalmente acertei a mão. Bem, pelo menos foi o que ele me disse. Sempre generoso e atento, o Rodolfo. Deve ser verdade e o resultado foi nossa primeira parceria gravada: Lentas horas. Lembro do processo, ele mandava por e-mail os mp3 e eu ficava catando sílaba em cima da melodia pontuada pelo piano. Trabalho difícil, mas muito prazeroso feito no frio, café fumegante esperando a primavera chegar.

Agora o Rodolfo lança seu primeiro solo: A idade do tempo. Tal a Idade da razão de Sartre a busca é pelo caminho próprio, pelo entendimento do que é a vida e a arte. É MPB e é pop. Mineiramente pop. Leve e denso quando necessário, os arranjos são preciosos, muitos toques de eletrônico e tem aquelas harmonias estendidas e invertidas, coisa de quem estudou e tem sensibilidade, para emoldurar as belas melodias. Rodolfo escreve também. A faixa que dá nome ao cd é uma belíssima letra com instrumental pesado. Brinquei com ele, ficaria muito bem numa banda de metal! Disse ele que sabia que os gaúchos iam gostar dessa.


Rodolfo já tem uma estrada na música. Estrada essa que passa por Rio de janeiro, sua cidade natal, por Porto Alegre, Quebec, desemboca em Belo Horizonte e daí que se espraiar ainda mais pro mundão. Desde muito cedo, das épocas do Palácio das Artes, lida com a composição e o arranjo. Já tocou com Beto Guedes, dividiu palco com Zeca Baleiro e Paulinho Moska, foi pro Canadá e voltou. Compôs para Paulinho Pedra Azul, Paula Santoro, Gaia (do Canadá), Danni Calixto, Lucia Severo e Bob Tostes. Co-produziu e arranjou os CDs de Celso Pennini, Danni Calixto, Johnny sem Telefone, Rodrigo Vidal, Contrasti entre outros...

As participações são preciosas: Lô Borges , Beto Guedes , Claudio Venturini toca guitarra em "Enquanto Espero", Sacha Daoud declamando e Fernanda Takai empresta sua doce voz em "Longe do Chão", uma delícia! Não podia deixar de citar que os baixos gravados são muito bons, incluindo um solo inspiradíssimo na música O que ninguém ensina, do Adriano Campagnani, baixista do Kid Abelha e do Beto Guedes.

Vale a pena visitar seu site pra conhecer mais desse artista, ouvir as músicas, entender o processo de gravação de um trabalho independente e de coração. Vai lá: www.rodolfomendes.com.br

5 comentários:

AdriB. disse...

Recebi meu CD do Rodolfo hoje À tarde e ainda não tive tempo de escutar. Tô morta de curiosidade!!!

Depois te conto.

Bjs

Unknown disse...

obrigado pelo carinho! bjs!!!!!!!!!! do caralho!!!!!!!!! Rodolfo

Dr. Pankeka disse...

Grande irmãozinho Cougo...

Você sabe que estou afastado do cenário musical a quase duas décadas e não tenho mais a mínima noção do que rola, do que rolou e do que nem vai rolar... rsssss...
mas se você diz que o Rodolfo é o cara eu assino em baixo e nem preciso olhar, ou melhor escutar.

Desejo um pouta sucesso neste novo trabalho dele e quero também parabenizar você pelo blog e pelo novo projeto "Mocotó Elétrico", se bem que eu não sou lá muito chegado em mocotó, mas amigo é pra essas coisas não é?

Marcelo Cougo disse...

Valeu mesmo! É um prazer falar do trabalho, talentoso trabalho, dos amigos. Deco, qd fores para o norte quer ser correspondente das neves? E a Adri, qd ouvir, deixa um recadinho, tá? Beijão!!

AdriB. disse...

Ouvi. Ouvi muito! E vou ser sincera: a letra que mais gosto é a de vcs dois junto. :))